O Chá da vez (gelado, por favor), retoma idéias anteriores.
Quis falar de algo que eu sofri, sofro e sofrerei, já que um dia decidi que ser diferente é normal.
"é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, tiranete ou valentão) ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder. (...) As pessoas são simultaneamente vítimas e agressoras de bullying, ou seja, em determinados momentos cometem agressões."
Na utopia das minhas idéias, um mundo sem "bullying" permite que crianças, adolescentes e adultos vivam fora de sua zona de conforto.
Nesse mesmo mundo não existe nenhuma conduta de comportamento, e se tu quiser ser punk, rockeiro, pagodeiro ou emo, a escolha é tua. E se tu quiser usar um vestido rosa justo e curto na faculdade ou roupas pretas, compridas e largas na escola, todos vão respeitar isso.
Seria um lugar onde a diferença seria vista com interesse, novas idéias seriam bem-vindas e o estranho seria ser igual. Afinal, cada um é um, qual a necessidade imitar o outro?
Não haveria medo de ser quem tu é. Nem de demonstrar isso.
Num mundo sem bullyng, uma criança teria aquele desafio de sair do óbvio, liberdade para desenvolver-se sem medo (e medo...corta mais fundo que qualquer lâmina), e quanta criatividade não afloraria?
E se nosso sistema não fosse podador, não fosse pensado em blocos, permitisse que a gente pintasse uma árvore de roxo e amarelo, ao invés de verde e marrom?
Então, à todos que dizem "eu sobrevivi ao bullying" ou até "bullying forma caráter"...
Gostaria de saber:
Que parte de ti permaneceu viva?
Qual é esse caráter, se te deixa com medo de agir pelo que é certo, andando pelo caminho fácil que é sempre trilhado por todos?
E você realmente acha que o bullying se resumiu à escola, ou tu nunca mais foi reprimido por ninguém?
Aguardo resposta
Gostei bastante do seu texto. Me fez lembrar minha época de escola, em que ir para lá sempre era uma tortura. Eu carrego as marcas até hoje e não tem sido fácil me livrar delas. Eu tinha ideias mirabolantes e era muito tímida, cabelos bastante cacheados e muito muito magra, pronto, o motivo de chacota da sala inteira! Hoje percebo que não houve nenhum incetivo dos professores, nenhum discurso sobre diferenças, sobre aceitar as pessoas como são. Eram indiferentes aquelas atitudes grosseiras.
ResponderExcluirResultado, comecei a comer muito e alisei os cabelos. Para que? Entrar no padrão e não ter que sofrer mais.
Acho que muita gente passou e passa por isso todos os dias. Quero que um dia isso mude, que um dia o essas atitudes não sejam consideradas aprendizado para a sociedade, porque eu não quero viver com pessoas que agridem tudo aquilo que não toleram, que é diferente do que aprenderam como melhor, como bonito.
E, sim, o bullying acontece sempre e todos repetem inconscientemente, é só dar de cara com algo que você não aceita, não tolera e ao invés de respeitar, ataca, discute e diminui...